Fonte: Revista Exame

Lula entrega camisa da seleção ao presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan: quase metade das viagens do ex-presidente foram custeadas por empreiteiras desde 2011, segundo a Folha
“Ao associar seu prestígio às empresas que aqui operam, o ex-Presidente Lula desenvolveu, aos olhos moçambicanos, compromisso com os resultados da atividade empresarial brasileira”, diz um telegrama da embaixada de Maputo.
“Trata-se de operação de indiscutível simbolismo que tem potencial para colaborar na mudança de percepção local sobre as empresas de capital brasileiro”, continua o telegrama.
Em seus negócios internacionais, muitas vezes em países de delicado cenário político, Camargo Corrêa, OAS e Odebrecht comumente enfrentam resistências das populações locais sobre os benefícios de presença delas em território fora do Brasil.
Como mostra o telegrama, uma resistência que Lula – que já havia elegido em seu governo a América Latina e África como prioridades de política externa – pode ajudar a diminuir.
Desde 2011, segundo a Folha de S. Paulo, o ex-presidente visitou 30 países, sendo 20 na região. Empreiteiras custearam 13 desse total de viagens.
Lula deu início nesta semana a mais uma rodada africana, com cachês e custos pagos pelas empresas. A operação – que, frise-se, nada tem de ilegal – começou pela Nigéria (veja foto).
À Folha, o Instituto Lula disse em nota que as viagens do ex-presidente têm o objetivo de consolidar a "imagem e os interesses da nação brasileira".
"Esses convites partem tanto de entidades populares, empresariais, sindicais, movimentos sociais, universidades e centros de pesquisa, quanto de governos, organismos multilaterais e órgãos de imprensa", afirma o instituto.
Tags: Construtoras, Luiz Inácio Lula da Silva
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