Mostrando postagens com marcador Ciência. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ciência. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Choque incomum de galáxias revela processo de sua formação

A Agência Espacial Europeia espacial capturou o início da fusão entre duas galáxias em espiral, que poderia ter dado lugar a uma grande galáxia elíptica.
 
 
 
 
Par de galáxias chamado Arp 116
Galáxias: o começo do encontro galáctico desencadeou uma "frenética atividade" de formação de estrelas.



Paris - A captação pelo observatório espacial Herschel de uma fusão incomum entre duas constelações poderia resolver a incógnita de como as grandes galáxias "passivas" se formaram no Universo originário.

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) explicou nesta quinta-feira, em comunicado, que as observações de Herschel permitem estabelecer que essas galáxias elípticas não se criam por uma fusão gravitacional de outras mais pequenas, como se acreditava até há década.

A razão é que o observatório espacial capturou o início da fusão entre duas galáxias em espiral, de características similares à Via Láctea, que poderia ter dado lugar a uma grande galáxia elíptica.

Essa fusão foi identificada inicialmente como uma única fonte e batizada como HXMM01. No entanto, um estudo mais detalhado revelou que se tratava de duas galáxias, cada uma com uma massa estelar equivalente a 100.000 vezes o Sol e com uma quantidade de gás de mesma ordem.

"Este monstruoso sistema de galáxias em interação é a fábrica de estrelas mais eficiente jamais detectada no Universo primitivo, quando este tinha apenas 3 bilhões de anos", explicou Hai Fu, o autor do relatório, publicado na revista "Nature".

O começo do encontro galáctico desencadeou uma "frenética atividade" de formação de estrelas, com um ritmo equivalente a 2.000 por ano, com as propriedades do Sol.

"Esta fusão nos ajudará a aperfeiçoar os modelos atuais que descrevem a formação e evolução das galáxias", declarou o coautor da publicação, Asantha Cooray.

No entanto, os cientistas especificaram que o sistema terminará esgotando suas reservas de gás, detendo a produção e se convertendo em uma população envelhecida de estrelas "vermelhas, frias e de baixa massa".

A equipe de Hai calcula que HXMM01 demorará 200 milhões de anos para transformar todo seu gás em estrelas, enquanto o processo de fusão demorará cerca de 1 bilhão de anos para se completar.

O resultado final, assinalaram, será uma galáxia elíptica em massa, vermelha e morta, com cerca de 400 bilhões de massas solares.
 
 
 

 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Superlua aparecerá no dia 23 de junho

Fenômeno marcará o encontro mais próximo da Terra com a Lua em todo o ano de 2013.


Fonte: Revista Exame


Imagem da Lua capturada por astronautas, 5 de outubro, 2001
Lua: satélite natural da Terra ficará maior e mais brilhante do que o comum


São Paulo - A superlua, um fenômeno em que o satélite natural da Terra fica maior e mais brilhante do que o comum em uma Lua cheia, acontecerá no dia 23 de junho. Este também será o encontro mais próximo da Terra com a Lua do que todo o ano de 2013.

A superlua acontece quando a Lua chega ao seu ponto mais próximo da Terra. O fenômeno é também chamado de “perigeu lunar”, já que a órbita lunar tem o formato de elipse, e não de círculo.

As Luas cheias variam de tamanho por causa de sua órbita oval. O trajeto elíptico tem um lado (perigeu) cerca de 50 mil km mais perto da Terra do que o outro (apogeu). Para um observador no planeta, as Luas perigeu ficam 14% maiores e 30% mais brilhantes do que no apogeu.

No perigeu, a Lua estará a apenas 356.991 quilômetros de distância às 07h32, segundo o horário de Brasília. Já em 9 de julho, a Lua vai oscilar para apogeu, a 406.490 quilômetros de distância da Terra.

A proximidade da Lua pode aumentar um pouco as marés, mas não há com o que se preocupar: as variações serão de apenas alguns centímetros a mais do que o normal. A Nasa, agência espacial americana, alerta também que as Luas perigeu não disparam desastres naturais.

Para quem quer tirar belas fotos, outra dica da Nasa: o melhor momento para observar a Lua é quando ela ainda está perto do horizonte. Em contraste com árvores e prédios, ela parecerá ainda maior.
 

terça-feira, 21 de maio de 2013

Menina de 18 anos cria algoritmo que diagnostica leucemia

Estudante americana desenvolveu ferramenta que identifica casos da doença por meio de determinadas características das células.
 
 
 
 
Brittany Wenger
Brittany Wenger vive em Sarasota, na Flórida, e desenvolveu uma ferramenta capaz de diagnosticar a leucemia de linhagem mista


São Paulo – Muitas garotas de 18 anos costumam ouvir música, navegar na internet e ir às compras. No caso da americana Brittany Wenger, a ciência é outro hobby. A estudante desenvolveu uma ferramenta capaz de diagnosticar a leucemia de linhagem mista, uma das formas mais agressivas e menos detectáveis da doença já catalogadas pela medicina.

Wenger criou uma "rede neural artificial" que detecta determinados padrões na expressão genética dos pacientes. "Diferentes tipos de câncer têm diferentes impressões digitais moleculares", explicou ela ao site
Mashable. Ao analisar características específicas como tamanho, forma e espessura das células, o algoritmo pode dizer se a pessoa tem leucemia ou não.

A pesquisa que deu origem à nova ferramenta começou quando a estudante tinha 15 anos. Sua prima foi diagnosticada com câncer de mama e Wenger decidiu juntar seus conhecimentos de programação para ajudar na melhor detecção da doença.

Para isso, ela analisou padrões genéticos a fim de identificar quais aspectos estavam presentes em células cancerígenas. O trabalho voltado para o câncer de mama rendeu a Wenger um prêmio de 10 mil dólares pago pelo Google em 2012. Foi um estímulo para ela prosseguir buscando uma solução similar para a leucemia.

Como funciona

Por meio do site
Cloud4Cancer, é possível ter uma ideia de como a ferramenta funciona. A plataforma foi criada pela jovem para que o algoritmo ficasse ao alcance dos médicos. Nela, o especialista preenche um breve formulário sobre os aspectos de uma amostra celular previamente recolhida e recebe na hora o diagnóstico sobre o câncer de mama.

Os números do trabalho são animadores. A ferramenta identificou cerca de 99% dos casos de câncer avaliados – índice de sucesso 5% acima daquele oferecido por outros métodos disponíveis no mercado. Ao todo, mais de 7 milhões de testes já foram realizados com o algoritmo em três anos.

"Eu ensinei o computador a responder uma questão simples: o nódulo é maligno ou benigno?", resume Wenger.

O Instituto Nacional do Câncer estima que
52 mil novos casos de câncer de mama foram registrados no Brasil em 2012. Na última semana, a atriz Angelina Jolie, que tinha predisposição genética para a doença, teve suas mamas removidas cirurgicamente para reduzir as chances de contrair a doença.

Assista aqui ao vídeo (em inglês) no qual Brittany fala sobre sua pesquisa sobre câncer de mama que levou à criação do algortimo premiado pelo Google:


quarta-feira, 17 de abril de 2013

"Hobbits" da Ilha de Flores teriam encolhido para sobreviver

Segundo cientistas japoneses, que fizeram um "scanner" tridimensional do crânio de um indivíduo, o Homem de Flores seria um puro produto da evolução local.


Fonte: Resvista Exame


Filme "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada"
Hobbits": habitantes da Ilha de Flores foram apelidados em referência aos pequenos personagens da saga "O Senhor dos Anéis", de J.R.R Tolkien.



Talvez tenha sido porque suas atividades não floresceram em sua ilha da Indonésia, há mais de 12 mil anos, que os chamados "hobbits" de Flores viraram anões, reduzindo o perfil de suas ambições para sobreviver melhor em um ambiente de recursos limitados, afirma um estudo que será publicado esta quarta-feira.

Com cerca de 1 metro de altura e 25 quilos de peso, o "Homo floresiensis", que viveu na ilha de Flores era, ainda, dotado de uma cabeça incomumente pequena em comparação com o corpo, contendo um cérebro de tamanho similar ao de um chimpanzé.

Apelidados de "Hobbits", em alusão aos pequeninos personagens da saga "O Senhor dos Anéis", de J.R.R Tolkien, sua origem e anatomia são o cerne de uma viva controvérsia desde a descoberta de fósseis de alguns deles em 2003.

Espécie à parte ou descendente de outros hominídeos?

Segundo cientistas japoneses, que fizeram um "scanner" tridimensional do crânio de um indivíduo, o Homem de Flores seria um puro produto da evolução local, um descendente perdido do "Homo erectus", que teria progressivamente encolhido através das gerações para adaptar suas necessidades a recursos pouco abundantes.

Este fenômeno de "nanismo insular" já é bem conhecido entre os animais. Os hipopótamos pigmeus que viveram antigamente em Madagascar apresentavam também um cérebro 30% menor em proporção ao seu tamanho.

E graças a vestígios encontrados em uma caverna, sabe-se que o Homem de Flores caçava e comia elefantes pigmeus que certamente passaram pelo mesmo fenômeno evolutivo.

"É possível que um "Homo erectus" de Java tenha migrado para uma ilha isolada e evoluído como "Homo floresiensis" em razão de um nanismo insular marcado", avaliou Yousuke Kaifu, do Museu Nacional da Natureza e da Ciência de Tóquio, que publica seus trabalhos na revista britânica Proceedings of the Royal Society B.

O volume reduzido do cérebro dos "homens pequeninos", 426 centímetros cúbicos, segundo a modelagem realizada por cientistas japoneses contra 860 centímetros cúbicos do "Homo Erectus" e cerca de 1.300 cm³ do homem moderno, seria unicamente vinculado a uma adaptação adquirida ao longo de milênios.

Os cientistas deram, ainda, outras explicações para seu nanismo exacerbado e sua cabeça pequena (microcefalia).

A primeira é que estes "hobbits" descenderiam de um hominídeo mais primitivo que o "Homo erectus", o "Homo habilis", que possuía um cérebro reduzido. Mas nada jamais comprovou que este primata africano tenha posto os pés na Ásia.

A microcefalia do Homem de Flores poderia também ser resultado de uma doença neurológica, o cretinismo, provocada pela falta de tiroxina (hormônio produzido pela tireoide), uma enfermidade que poderia ter sido causada por uma carência ligada a uma dieta alimentar muito pobre em iodo.

Anões talvez, mas não cretinos a ponto de não saber caçar, produzir fogo e usar utensílios de pedra para destrinchar suas presas, contra-argumentam os críticos desta teoria.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Cientistas descobrem que chove em Saturno

Fenômeno acontece por causa da erosão de partículas que compõem os anéis do planeta.


Fonte: Revista Exame


Ilustração do planeta Saturno com chuva em seus anéis
Saturno: partículas carregadas de água caem dos anéis de Saturno em grandes áreas do planeta



São Paulo - Cientistas descobriram que os anéis gelados de Saturno fazem chover em algumas partes do planeta. O fenômeno acontece por causa da erosão de partículas que compõem os anéis do planeta.

Os pesquisadores são da Universidade de Leicester, no Reino Unido. Eles chegaram a essa conclusão com ajuda de dados coletados pelo Observatório Keck. O instrumento fica no Havaí, nos Estados Unidos.

Partículas carregadas de água caem dos anéis de Saturno em grandes áreas do planeta. O astrônomo James O'Donoghue, um dos autores do estudo, afirmou que a estimativa é que caia uma piscina olímpica em Saturno por dia.

Essa chuva teria um grande impacto na atmosfera do planeta. Causa alterações na temperatura e na composição de Saturno. O fenômeno também resolve um mistério sobre a atmosfera de Saturno. Isso porque áreas com pouca densidade de elétrons eram detectadas, mas ninguém sabia a causa. A chuva de água carregada explicaria o fenômeno.

Em 2011, os cientistas já tinham detectado que Encelados, uma das luas de Saturno, jogava enormes jatos de água no planeta. Além disso, os astrônomos consideram que só chovia em algumas áreas do planeta. A nova descoberta prova que Saturno tem uma grande interação entre seus anéis e sua atmosfera.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Cientistas criam cérebro transparente

Desenvolvida sob a liderança de Karl Deisseroth a técnica pode revolucionar a compreensão da função cerebral, suas doenças e como afetam o nosso comportamento.


Fonte: Revista Exame


Cérebro
AdiCérebro: "O processo Clarity poderia ser aplicado a qualquer sistema biológico, e vai ser interessante ver como os outros ramos da biologia vão usá-lo", assegura Deisseroth.


Paris - Pesquisadores desenvolveram uma forma de tornar um cérebro completamente transparente, para poder estudar, em três dimensões, sem dissecção e com todos os neurônios e estruturas moleculares, o que acontece em seu interior.

"Nós usamos processos químicos para transformar os tecidos biológicos e preservar sua integridade, tornando-os transparentes e permeáveis a macromoléculas", resumiu em um comunicado Kwanghun Chung, principal autor do estudo.

Esta técnica, batizada de "Clarity" por seus inventores da Universidade de Stanford, foi utilizada no cérebro de um rato morto e também em um cérebro humano preservado por mais de seis anos. Poderá ainda ser aplicada a outros órgãos, de acordo com pesquisa publicada nesta quarta-feira na revista científica britânica Nature.

Desenvolvida sob a liderança de Karl Deisseroth, psiquiatra e especialista em bioengenharia, esta nova técnica pode revolucionar a compreensão da função cerebral, suas doenças e como afetam o nosso comportamento.

Formado por uma massa de matéria cinzenta e circuitos aninhados, o cérebro é como uma misteriosa caixa preta cheia de circunvoluções. Os cientistas têm procurado há muito tempo desvendar seus mistérios, a fim de entender como ele funciona e por que às vezes não funciona.

Para ver mais claramente, a equipe de Karl Deisseroth procurou simplesmente uma maneira de se livrar de elementos opacos do cérebro. Mas o que faz o cérebro "opaco", impermeável a substâncias químicas e a luminosidade, são os lipídios, ou seja, as gorduras.

O problema é que estas gorduras ajudam a formar as membranas celulares e dão estrutura ao cérebro. E se forem removidas, os tecidos remanescentes se desmancham como um pudim muito aguado.

Os pesquisadores de Stanford conseguiram, pela primeira vez, substituir esses lipídios por hidrogel, um gel composto principalmente por água.

A receita parece simples: mergulhar o cérebro intacto na solução de hidrogel e dar tempo para que suas pequenas moléculas penetrem nos tecidos. Em seguida, é só aquecer a 37 °C - a temperatura do corpo humano - por três horas para endurecer a mistura.

Nesta fase, o cérebro e o hidrogel formam uma "estrutura híbrida" que mantém os lipídios no lugar, mas não os aprisiona.

Resta extrair os lípidos por meio de uma corrente eléctrica ("eletroforese").

O que resta? Um cérebro transparente mantendo todas as suas estruturas: neurônios, fibras nervosas, interruptores e conexões entre os neurônios, proteínas, etc.

"Acreditávamos que se pudéssemos remover os lipídios de maneira não destrutiva, poderíamos fazer penetrar luz e macromoléculas nos tecidos, o que permitiria realizar imagens em 3D, bem como uma análise molecular em 3D de um cérebro intacto", explica Karl Deisseroth.

Acertaram na aposta, porque, a partir do cérebro de rato "clarificado", os pesquisadores conseguiram criar um mapa de todos os circuitos do cérebro, globalmente ou de forma local.

Melhor ainda, a equipe de Stanford mostrou que injetando e depois apagando marcadores fluorescentes no cérebro, pôde exibir informações que seriam impossíveis de recolher por outros meios: as interações físicas e químicas entre os vários componentes cerebrais.

Uma massa de informações, que deverá ser trabalhada por especialistas em computação de modelagem e de imagens médicas para o desenvolvimento de novas abordagens, a fim de explorá-la, assegura Deisseroth.

"O processo Clarity poderia ser aplicado a qualquer sistema biológico, e vai ser interessante ver como os outros ramos da biologia vão usá-lo", concluiu.

Telescópio captura bolha verde no espaço

Foto de nebulosa planetária feita pelo Very Large Telescope (VLT) é a mais detalhada obtida até hoje.


Fonte: Revista Exame


Bolha verde capturada pelo telescópio espacial do Observatório Europeu do Sul (ESO)
Bolha verde da nebulosa planetária IC 1295 capturada pelo telescópio espacial do Observatório Europeu do Sul



São Paulo - O Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgou uma imagem da nebulosa planetária IC 1295. A foto feita pelo Very Large Telescope (VLT) é a mais detalhada obtida até hoje e mostra o objeto celeste como uma bolha verde.
Estrelas do tamanho do Sol terminam suas vidas com a forma de anãs brancas, estrelas pequenas e delicadas. Durante alguns milhares de anos, estes objetos ficam rodeados por nuvens brilhantes e coloridas de gás ionizado, conhecidas como nebulosas planetárias.

A nebulosa planetária IC 1295, verde e brilhante, rodeia uma estrela moribunda situada a cerca de 3300 anos-luz de distância, na constelação do Escudo. Esse objeto celeste tem a característica de ser composto por conchas que a fazem parecer um micro-organismo visto através do microscópio, com as muitas camadas correspondentes às várias membranas de uma célula.

Estas bolhas são formadas pelo gás que constituía a atmosfera da estrela e que foi expelido durante a transformação da estrela. O gás brilha por causa da intensa radiação ultravioleta emitida pela estrela moribunda. O tom esverdeado vem do oxigênio ionizado.

No centro da imagem é possível ver um ponto brilhante azul esbranquiçado que fica no coração da nebulosa. É o que resta do núcleo queimado da estrela. O brilho fraco desta minúscula anã branca vem da energia térmica armazenada que será dissipada lentamente, ao longo de muitos bilhões de anos, à medida que a anã branca esfria.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Via Láctea pode ter 2 mil pequenos buracos negros

Pesquisadores da Universidade da Califórnia fizeram uma simulação de computador que mostra os buracos negros na galáxia.


Fonte: Revista Exame


Cientistas captam a mais nítida imagem de um buraco negro
Buraco Negro: variação de quantos buracos negros existem na Via Láctea é grande



São Paulo - Dois pesquisadores americanos descobriram que existe um número impressionante de buracos negros na Via Láctea. São aproximadamente 2 mil buracos negros errantes no halo da galáxia, região periférica que fica além das estrelas da Via Láctea.

Os pesquisadores Valery Rashkov e Piero Madau, da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, fizeram uma simulação de computador que mostra os buracos negros na galáxia. Segundo os cientistas, a variação de quantos buracos negros existem na Via Láctea é grande. O número pode variar de 70 e 2 mil.

Teoricamente, cada galáxia pode ter um buraco negro em seu centro. As galáxias e seus buracos negros supermassivos crescem em conjunto, como resultado de colisões e fusões entre galáxias menores antigas. Conforme as galáxias se fundem, seus buracos negros centrais também se unem e formam um novo objeto supermassivo.

Porém, às vezes as galáxias se fundem, mas lançam os objetos para as profundezas do espaço. Colisões entre os buracos negros também criam ondas gravitacionais quem podem expulsar um buraco negro recém-fundido para fora de sua galáxia hospedeira.

Esses objetos errantes têm um tamanho intermediário e já foram encontrados no centro de coleções de estrelas e gás. Embora muitos se unam para formar buracos negros supermassivos no centro de galáxias como a Via Láctea, o caos dessas fusões pode ter deixado alguns pequenos buracos negros presos nas regiões mais distantes do espaço.

É muito difícil detectar a maioria desses buracos negros. Mas alguns podem ter trazido aglomerados de estrelas e matéria escura junto com eles. Se isso for verdade, os cientistas poderão detectar a luz fraca desses objetos no halo da Via Láctea com telescópios e entender melhor como eles foram formados.


terça-feira, 2 de abril de 2013

Buraco negro absorve planeta 15 vezes maior do que Júpiter

Cientistas descobriram que um planeta foi absorvido por um buraco negro em uma galáxia situada a 47 milhões de anos-luz da Via Láctea.


Fonte: Revista Exame


Buraco negro
Buraco negro: o buraco estava "adormecido" há mais de 30 anos

Genebra - Um grupo de astrofísicos detectou um planeta com uma massa 15 vezes maior que a de Júpiter, e que foi absorvido por um buraco negro em uma galáxia situada a 47 milhões de anos-luz da Via Láctea, informou nesta terça-feira a Universidade de Genebra.

Os cientistas notaram um sinal luminoso que vinha de um buraco negro situado no centro da galáxia NGC 4845, cuja massa é 300.000 vezes superior à do Sol. O buraco estava "adormecido" há mais de 30 anos, segundo a Universidade em um comunicado.

"Foi uma observação totalmente inesperada em uma galáxia que esteve tranquila durante ao menos 20 ou 30 anos", afirmou Marek Nikojuk, da Universidade de Bialystok, na Polônia, o principal autor de um artigo publicado na revista "Astronomy & Astrophysics", em declarações difundidas pela Agência Espacial Europeia (ESA).

Segunda a revista, o buraco negro demorou três meses para desviar o planeta de sua trajetória e absorver 10% de sua massa total. O resto permaneceu em órbita.

O satélite europeu INTEGRAL, com o qual também colaboram a Nasa e a Rússia, tornou possível esta observação.